segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Homo Erectus

 
  Identificado pela primeira vez na Ilha de Java em 1891 por Eugène Dubois, o Homo erectus existiu entre aproximadamente 1,8 milhões e 300 000 anos, dispersando-se por áreas geográficas tão distintas como a Indonésia, China, Alemanha, Hungria, Grécia, França e Tanzânia.
Como no habilis , a face do erectus tinha proeminentes maxilares com grandes molares, sem queixo, com uma zona relativamente demarcada sobre os olhos, e um crânio longo e baixo, com uma dimensão cerebral variando entre 750 e 1225 cc. Os primeiros erectus apresentavam uma média de aproximadamente 900 cc, enquanto nos mais recentes rondaria os 1100 cc. Em alguns exemplares asiáticos surge o crânio com crista sagital.
O esqueleto é mais robusto que o do Homem actual, implicando uma maior força. As proporções do corpo variam: o Rapaz de Turkana é alto e magro, como a maior parte dos humanos actuais dessa mesma zona geográfica; os poucos ossos das extremidades do Homem de Pequim indicam um indivíduo mais pequeno, de aspecto robusto. Dos estudos realizados no esqueleto do "Rapaz de Turkana" depreende-se que o erectus teria sido mais eficiente a caminhar que o Homem moderno, cujos esqueletos tiveram que se adaptar para permitir o nascimento de crianças com crânios substancialmente maiores.
O Homo habilis e todos os Australopithecus foram encontrados somente em África, mas o erectus aparece localizado em áreas geográficas mais alargadas, como a Ásia, Europa e África.
Existem provas que levam a concluir que o erectus terá manipulado o fogo, apresentando de igual modo utensílios de pedra mais sofisticados que os habilis , e uma tradição provável de caça em grupo, como parecem atestar locais escavados onde surgem em associação com os seus artefactos largas dezenas de ossos de animais, muitas vezes de grande porte.
A descoberta em Espanha de fósseis pertencentes a um hominídeo denominado Homo antecessor situa a barreira cronológica dos Homo na Europa algures nos 780 000 anos.

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